O BAIRRO DA GRAÇA
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31 de março de 2014

Xavier Moreira, o Sapateiro



A Graça o viu nascer e crescer, e aqui continua animadamente a consertar sapatos com mestria e a falar pelos cotovelos.
É sapateiro por afinidade. Por via da esposa. Adora o que faz. É uma arte.



Passou os seus melhores anos em altas velocidades, ao volante de carros de corrida. Tem hoje uma colecção de cem automóveis antigos, incluindo dois Ferraris.
E esta, hein?!
Veja no Google - diz ele - estou lá! E está.
É uma figura.

26 de março de 2014

Diamantino, o Amolador



Uma profissão em vias de extinção, recuperada por novos operadores.
Por aqui anda tudo muito bem afiadinho... Hoje até vamos cortar melhor na casaca.

21 de março de 2014

Händel na Graça

As crianças do infantário foram de porta em porta anunciar a Primavera, com flores de papel.
Evitaram o Händel que está com cara de poucos amigos.
Fica para terça-feira.
Levem abafos que as noites ainda estão frias.



18 de março de 2014

17 de março de 2014

Passou ontem

O Senhor dos Passos passou ontem.
Foram íngremes os passos pelas calçadas acima, mas cá chegaram todos bem, cheios de Graça:
as imagens, os andores, os confrades, o Cardeal Patriarca, os anjinhos, os devotos, a charanga, os bombeiros...
Esperava-os uma Graça cheia de povo, de devoção, cheia de luz e cheia de Lisboa.
A Senhora da Graça agradece a visita e cá os espera para o ano.








13 de março de 2014

Procissão





No ano passado...


Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.



... não há na aldeia nada mais bonito
Que estes passeios de Nosso Senhor!



Olha os irmãos da nossa confraria!
Muito solenes nas opas vermelhas!
Ninguém supôs que nesta aldeia havia
Tantos bigodes e tais sobrancelhas!




Olha os bombeiros, tão bem alinhados!
Que se houver fogo vai tudo num fole.
Trazem ao ombro brilhantes machados,
E os capacetes rebrilham ao sol.

António Lopes Ribeiro

5 de março de 2014

da Graça



Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do seu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas
Vejo-a melhor porque a digo...

Sophia